quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O RICO E O POBRE


O Rico e o pobre do Evangelho

1 - Introdução: Na Bíblia há uma figura muito conhecida, que é a de Jó. Notória é a sua paciência e confiança em Deus, sem falar na sua capacidade de provação. Deus permitiu que Satanás o tentasse. No domingo passado o Evangelho colocou Jó como figura principal daquela história narrada por Lucas.

Demonstrando a importância do tema, a Igreja coloca dois dias depois, na Liturgia da Missa, mais um trecho da vida de Jó e desta vez, tirado do Livro do próprio Jó (Jó, 3, 1-3.11-17.20-23), referindo-se àquele momento de desespero, quando Jó chegou a pedir a Deus sua morte, maldizendo-se de ter nascido! Nesse particular, já podemos tirar uma primeira lição de vida, a saber: que até os justos, os santos homens de Deus tem seus momentos de fraqueza.

2 - Eis um pouco da história

A Bíblia diz:“Havia um homem cujo nome era Jó. E o descreve como um homem sincero, reto e temente a Deus, um homem que sempre se desviava do mal. Tinha sete filhos e três filhas. Seu gado era de sete mil cabeças de ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentas jumentas, e eram também muitas as pessoas que lhe serviam, de maneira que, Jó era o homem mais rico do Oriente

Um belo dia vieram os filhos de Deus se apresentar perante o Senhor. Veio também Satanás entre eles. Então o Senhor perguntou a Satanás de onde ele vinha, ele respondeu que estava passeando ao redor da terra...

Deus perguntou a ele se já havia observado Jó, porque para Deus não havia na terra homem semelhante a ele, homem sincero, reto e temente a Deus...

Satanás insinuou ao Senhor, que se Jó não tivesse as riquezas e família que tinha e os animais que criara, com certeza, não seria temente ao Senhor... Disse ainda, se o Senhor, retirar dele tudo quanto Jó possui, com certeza ele irá blasfemar contra Deus... Deus permitiu que ele tentasse a Jó...

Satanás se foi e tocou nos filhos de Jó, e todos morreram em um vendaval que veio, depois seus animais foram consumidos pelo fogo que caía do céu, seus servos morreram e Jó, em nenhum momento, blasfemou contra Deus.Jó ficou pobre sem nada. Mesmo assim continuava temente a Deus.

Satanás disse a Jó: “Amaldiçoa teu Deus que tirou de ti todos os teus filhos, teus bens, e te jogou na miséria!... Jó estava no auge do sofrimento. No entanto, respondeu ao tentador: “Não o farei, porque tudo o que eu tive, foi Deus quem me deu! “Foi Ele quem me deu... foi Ele que tomou. Bendito seja o nome do Senhor”! Satanás, vendo que não podia com ele, o deixou, então.em paz. A lição ficou para nós: “Deus está atento a tudo que acontece em nossa vida. E providencia para os que o amam, suas verdadeiras e reais necessidades.

3 - Final da história


Passado o tempo da tormenta na vida de Jó, Deus lhe recompensou o sofrimento, a paciência e ilimitada confiança que colocava n´Ele.

Deus operou, assim, uma revira-volta na vida de Jó, restituindo-lhe o dobro de toda a riqueza que tinha. E vieram todos os que o conheciam, juntamente com seus irmãos e irmãs para comer em sua casa. e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado.

Pelas lições de vida contidas no Livro de Jó (Antigo Testamento), valeria a pena, vez por outra, ler e meditar o Livro de Jó. Muitas coisas iriam mudar em nossa vida!.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

JESUS E O DINHEIRO


Parece demasiada a preocupação de Jesus, quando se trata do assunto “dinheiro”e suas variantes. Muitas vezes Ele volta a falar do tema no Evngelho. O assunto vem à tona, hoje, principalmente a partir da Primeira Leitura do Profeta Amós. O Evangelho fala da administração de bens, confiada a um administrador desleal que, por isso mesmo, foi despedido por seu patrão. Por aí se vê como o dinheiro sempre está criando problemas...
Entende-se, portanto, a preocupação da parte de Jesus, pois Ele deseja que o dinheiro possa chegar um dia a ser fonte de bem-estar não apenas, para uns poucos, mas para todos os filhos de Deus...
Jesus insiste no uso correto da riqueza, para que ela não se transforme numa fonte de injustiças, de brigas e de inútil sofrimento para muitos. Ele não nega que a riqueza ou o dinheiro, em si, possa ser fator importante para o progresso da sociedade e fonte de bem-estar para muitíssimos.

O problema começa, quando...

O problema está na relação que o dinheiro cria entre as pessoas. Relação que define o sentido maior da riqueza, em si, indiferente. Pode criar condições de vida saudável mas pode tornar-se fonte de grandes sofrimentos, de muitas injustiças, com sua má distribuição, fazendo que a sociedade seja constituída, de pobres cada vez mais pobres e de ricos, cada vez mais ricos, como já observava a Conferência Latinoamericana de Puebla.
O profeta Amós, em nome de Deus, denunciava no seu tempo, as injustiças e fraudes dos comerciantes que, sem escrúpulo, enriqueciam à custa dos pobres, isso já oito séculos, antes de Cristo!
Por isso, aquela forte advertência que faz, como profeta, falando em nome de Deus:”Escutai, exploradores dos necessitados, opressores dos pobres...! Vós ficais contando as horas: Quando vai passar a festa da Lua Nova, para que possamos pôr à venda o nosso trigo?... Quando vai passar o sábado, para abrirmos o armazém; para diminuir as medidas, aumentar o peso e viciar a balança; para comprar os fracos por dinheiro, o necessitado por um par de sandálias, e vender o refugo do trigo?... (Am 8, 4-6).
Nesta passagem Deus manifesta sua reprovação formal aos que abusam de seu dinheiro, de sua riqueza, de sua influência, para engordar suas contas bancárias, à custa da pobreza e dos sofrimentos alheios. A ganância dos ricos ainda é um fato, nos dias de hoje!
O Evangelista São Mateus, referindo-se a esse tipo de ganância, lembra a sentença de Jesus em Mateus: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 21).

O excessivo apego ao dinheiro significa, em última análise, a preferência ao vil metal, colocando Deus num segundo plano... Sim, aquele ou aquela que faz do dinheiro o seu deus, empurra Deus para um canto e, por isso, não fará jus ao prêmio que está reservado “para os que amam a Deus sobre todas as coisas, com todo o coração, com toda sua alma e com toda a sua força” (Deut 6, 5)

Novos horizontes se descortinam

Com o desenvolvimento das ciências e da tecnologia, o homem de hoje, comparado ao de 100 anos atrás, parece capaz de fazer até “o impossível, o que nem imaginar-se poderia”! Verdadeira revolução social estamos assistindo extasiados! O que falta o homem fazer em nossos dias, depois de já ter tentado “engendrar” até a própria vida? Em si, não seria de admirar, de vez que o Livro do Salmo, referindo-se à criação do homem, diz: “O que é o homem, para dele te lembrares, o ser humano, para que o visites? Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor” (Sl 8,5-6)!

É possível, pois, que haja também uma revolução espiritual que leve o homem a descobrir algum valor maior do que o dinheiro...como a SOLIDARIEDADE HUMANA. Temos de rezar para “que o coração de pedra do homem moderno se transforme em coração de carne...”(Ez 11, 19b).

Por sinal, já começo a prever um mundo melhor, quando ouço ou leio nos Meios de Comunicação, falados e escritos, que renomadas Empresas Internacionais e “ricos milionários”, estão adotando posição mais humanitária, numa revira-volta sensacional, disponibilizando vultosas quantias em dinheiro ou em gêneros, para suavizar a dor humana, por ocasião das grandes catástrofes naturais, com vítimas aos milhares... É já um sinal da descoberta da grandeza de que se reveste a solidariedade.. No dia em que predominar entre as transações humanas o gesto humilde e solidário, começarei a acreditar no poder transformador do dinheiro, como instrumento de salvação para o nosso mundo tão marcado pela violência e pela morte.

Conclusão: Acredito, sinceramente, que Deus vai tocar o coração dos homens, para que compreendam o verdadeiro sentido da riqueza e dos bens terrenos, e com eles possam contribuir para o bem de toda a humanidade.
A Natureza, com toda sua fúria destruidora, talvez esteja dando um recado de Deus, sobre o significado verdadeiro da riqueza, quando bem empregada, em favor de todos, como promotora da justiça e da paz entre os homens!

Peçamos, pois, ao nosso Deus que apresse este milagre! Que os bens da terra, inclusive a riqueza, sejam partilhados, finalmente, por todos com mais justiça!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aniversário de Frei Eduardo


Celebrando seus 89 anos entre familiares, e seus confrades no Convento onde reside em Salador, Frei Eduardo alegrou-se, ao seu modo, muito discreto, pela sabedoria dos seus anos vividos, alegrou não só aos confrades, mas também aos seus familiares e amigos que vieram lhe homenagear tamanha longevidade. Frei Hugo como historiador que é, tirou estas fotos que coloquei no meu blog para que todos sintam a harmonia da festa.

Frei Petrônio Cardoso, OFM

domingo, 12 de setembro de 2010

XXIV DOMINGO COMUM C

1 - Introdução

O Evangelho de hoje começa assim:”Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite inteira em oração a Deus”(Lc 6, 12). Muita gente, assim mesmo, ainda pergunta: Para que rezar, se Deus sabe tudo o de que precisamos?

Talvez se trate apenas de uma justificativa para fugir da oração... ou, quem sabe, para satisfazer sua mania de sempre contestar... Há muita gente que gosta de ser do contra.
Interessante é que tais pessoas, na iminência de algum perigo, por exemplo, se o avião onde vai viajando, entra pane, são as primeiras a gritar:Valha-me Deus! ou Valei-me, minha Nossa Senhora”! Quer dizer, negam o sentido da oração, mas recorrem, instintivamente, à oração, na hora H.
Certamente estas pessoas imaginam que exista só um tipo de oração: a oração-pedido, a oração súplica!

2 - Razões que temos para rezar

- O cristão reza, por muitos outros motivos. Reza para entrar em contacto com
Deus. Sabe que a oração é uma fonte de paz e nos coloca na sua presença.
- O cristão reza porque Jesus ordenou que rezássemos “Vigiai e orai para não
cairdes em tentação. É preciso rezar, e rezar sem cessar!” (Lc 18,1; Mt 26, 41).
- O cristão reza para seguir o exemplo de Jesus que, não só rezou, mas convidou os
Discípulos a rezar, tendo ensinado a eles, inclusive, a Oração do Pai-Nosso.(Lc
11, 2).
- Falando da oração a seus discípulos, Jesus mostrou a eles a necessidade de rezar
sempre, sem nunca desistir (Lc 18, 1).
- Jesus, atendendo ao pedido dos Apóstolos, ensinou a oração do Pai-Nosso, que se tornou oração oficial da Igreja, da família e de qualquer cristão. .(Lc 11, 2).
- No Pai nosso fazemos, sete diferentes pedidos. Embora a oração não seja apenas
pedir, é também para agradecer, para bendizer, para louvar, para adorar a Deus.
- Ao rezar, pedindo a Deus alguma coisa, algum bem ou alguma graça, devemos
pedir coisas boas, que contribuam para nosso bem! Aqui vale lembrar a observa
ção que o Apóstolo Tiago faz a respeito da oração que, aparentemente, Deus não
atende. Tiago explica que Deus, está sempre pronto a atender. Mas, quando não
nos atende, é porque pedimos coisas que nos fazem mal. Em vez disso, Deus nos
dá coisas boas, que contribuem para nossa felicidade verdadeira.


3 - Conclusão

Irmãos e irmãs, aí está um tema que muito nos interessa. Rezar e rezar bem, é
fonte de salvação, é fonte de paz espiritual, é algo que precisamos valorizar, pois
o gozo interior vai depender da intensidade da oração. Não abandonemos, pois, a
oração que é o respiro da alma!
ção, vamos em frente!

CATEQUESE DAS TERÇAS

1 - Introdução

O Evangelho de hoje começa assim:”Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite inteira em oração a Deus”(Lc 6, 12). Muita gente, assim mesmo, ainda pergunta: Para que rezar, se Deus sabe tudo o de que precisamos?

Talvez se trate apenas de uma justificativa para fugir da oração... ou, quem sabe, para satisfazer sua mania de sempre contestar... Há muita gente que gosta de ser do contra.
Interessante é que tais pessoas, na iminência de algum perigo, por exemplo, se o avião onde vai viajando, entra pane, são as primeiras a gritar:Valha-me Deus! ou Valei-me, minha Nossa Senhora”! Quer dizer, negam o sentido da oração, mas recorrem, instintivamente, à oração, na hora H.
Certamente estas pessoas imaginam que exista só um tipo de oração: a oração-pedido, a oração súplica!

2 - Razões que temos para rezar

- O cristão reza, por muitos outros motivos. Reza para entrar em contacto com
Deus. Sabe que a oração é uma fonte de paz e nos coloca na sua presença.
- O cristão reza porque Jesus ordenou que rezássemos “Vigiai e orai para não
cairdes em tentação. É preciso rezar, e rezar sem cessar!” (Lc 18,1; Mt 26, 41).
- O cristão reza para seguir o exemplo de Jesus que, não só rezou, mas convidou os
Discípulos a rezar, tendo ensinado a eles, inclusive, a Oração do Pai-Nosso.(Lc
11, 2).
- Falando da oração a seus discípulos, Jesus mostrou a eles a necessidade de rezar
sempre, sem nunca desistir (Lc 18, 1).
- Jesus, atendendo ao pedido dos Apóstolos, ensinou a oração do Pai-Nosso, que se tornou oração oficial da Igreja, da família e de qualquer cristão. .(Lc 11, 2).
- No Pai nosso fazemos, sete diferentes pedidos. Embora a oração não seja apenas
pedir, é também para agradecer, para bendizer, para louvar, para adorar a Deus.
- Ao rezar, pedindo a Deus alguma coisa, algum bem ou alguma graça, devemos
pedir coisas boas, que contribuam para nosso bem! Aqui vale lembrar a observa
ção que o Apóstolo Tiago faz a respeito da oração que, aparentemente, Deus não
atende. Tiago explica que Deus, está sempre pronto a atender. Mas, quando não
nos atende, é porque pedimos coisas que nos fazem mal. Em vez disso, Deus nos
dá coisas boas, que contribuem para nossa felicidade verdadeira.


3 - Conclusão

Irmãos e irmãs, aí está um tema que muito nos interessa. Rezar e rezar bem, é
fonte de salvação, é fonte de paz espiritual, é algo que precisamos valorizar, pois
o gozo interior vai depender da intensidade da oração. Não abandonemos, pois, a
oração que é o respiro da alma!
ção, vamos em frente!

domingo, 29 de agosto de 2010

XXII Domingo Comum C

XXII Domingo Comum C






1- Introdução



Jesus foi convidado por um dos chefes dos fariseus para jantar em sua casa, provavelmente, com segundas intenções... O convite foi feito, igualmente, a alguns destacados fariseus. Jesus percebeu, logo de entrada, como eles eram preocupados em escolher os melhores lugares, à mesa. Aproveitou a oportunidade para contar-lhes uma parábola e dar-lhes uma lição oportuna.



Dirigindo-se ao chefe dos fariseus, que o havia convidado, Jesus lhe disse:“Ao seres convidado, para um banquete de festa, não ocupes, por tua própria iniciativa, o primeiro lugar”(Lc 14, 8)! A razão é óbvia:”pode chegar um convidado mais importante, e o dono da casa vai mandar que cedas aquele lugar ao convidado mais importante e tu ficarás encabulado...”

Eles entenderam bem o que Jesus queria dizer!



Os fariseus eram mestres em mostrar-se, em atrair a atenção dos outros... Não valorizavam a modéstia, pelo contrário, gostavam de passar por importantes! Eram vaidosos por natureza! Por isso, quando Jesus condena a vaidade, o faz porque ela gosta de atrair elogios, de se imaginar importante, de receber aplausos dos demais, alimentando assim a própria vaidade. Daí o comentário que Jesus faz no Evangelho:“Nisso já estaria a recompensa da tua “boa ação” e não haveria mais nada a esperar de recompensa lá do alto”.



2 - Ser modesto, ser humilde



A virtude da modéstia ou humildade não consiste em negar as próprias qualidades, mas em reconhecer que elas são um dom, uma dádiva de Deus. Se algum mérito houver de nossa parte, será só o de não ter colocado obstáculo à ação de Deus. Por isso,“quanto mais importante fores, tanto mais humilde deverás ser” e, assim, contarás com a bênção de Deus” (Eclo 3, 18). Não temos o de que nos vangloriar!



Jesus não parou por ai. Foi adiante. Já que estava falando sobre banquete, continuou aconselhando ao fariseu que o tinha convidado, dizendo “Quando deres um banquete, não convides só os ricos... Eles poderiam convidar-te, em troca, para um almoço-banquete... Nisso estaria já tua recompensa... Ao contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos... eles não irão retribuir-te, pois não têm com quê... Então, sim, tua recompensa estará assegurada na ressurreição dos justos!” (Lc 14,14).



Não nos esqueçamos, irmãos e irmãs! Esta advertência, Jesus está fazendo para nós, hoje. E não só a respeito de banquete, mas a respeito de todo relacionamento que tenhamos com qualquer irmão ou irmã. A modéstia e a humildade devem ser referência!











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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ENTRAR NO REINO DE DEUS.

1 - Entrar no Reino do Céu

O Evangelho, de hoje, diz a seguinte frase:“como é difícil um rico entrar no Reino dos Céus!”...            É bem verdade que Jesus disse também, “para Deus, nada é impossível.” Quer dizer, a salvação do rico não é impossível....

Nossa experiência ensina que é difícil mesmo. Não pelo dinheiro, em si, que até poderia ajudar a seme-ar o bem... Mas pelo apego entranhado com que as pessoas se amarram ao dinheiro, sendo dominadas pela ganância e por ela escravizados.

Há uma paixão inata no coração do homem: a paixão de possuir sem limites, apesar de Jesus ter dito: "Não acumuleis riquezas aqui na terra, onde a traça corrói ou os ladrões roubam. Juntai riquezas no céu, onde a ferrugem não as corrói nem o ladrão as podem roubar” (Mt 6, 19-20)“

Não é de estranhar que Jesus, com muito bom senso, tenha resumido o problema, dizendo:“Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Lc 12, 34). Esta é a razão do ‘”obstáculo” à salvação para o rico, entendendo-se o rico avarento, o rico sem coração, o rico sem alma!

2 - Para Deus nada, é impossível

Hoje, com o avanço real das ciências e da tecnologia, o homem se torna capaz de fazer “o impossível ou inimaginável” para o homem de 100 anos atrás.  De fato, o que ainda falta fazer o homem de nossos dias, depois de já ter tentado “engendrar” a própria vida?...

É possível, inclusive, que haja  uma revolução espiritual que leve o homem à descoberta de algum valor maior que o dinheiro.. E, enquanto isso não acontece, vamos ter mais paciência e esperar até que chegue esse tempo, com a graça de Deus. Temos de rezar para “que o coração de pedra do homem moderno se transforme num coração de carne”, como diz Ezequiel (Ez 11, 19b).

Por sinal, já começo a prever melhoras, quando ouço ou leio na "meadia" falada e escrita que renomadas Empresas Internacionais e “ricos milionários” estão mudando, socialmente, e adotando posição mais humanitária, numa revira-volta sensacional, disponibilizando vultosas quantias em dinheiro e em gêneros, para suavizar a dor humana, por ocasião de grandes desastres naturais, com vítimas aos milhares ou de países que não conseguem sair da sua pobreza extrema! Sinais dos tempos!

Acredito, sinceramente, que Deus vai tocar o coração dos homens, para que compreendam o verdadeiro sentido da riqueza e dos bens terrenos, e com eles possam contribuir para o bem de toda a humanidade. A Natureza, com toda sua força destruidora, talvez esteja dando um recado, sobre o significado ambivalente da riqueza, quando bem empregada em favor de todos e com justiça. E não apenas de uns poucos, cavando sempre mais o abismo que separa os que tudo tem  dos que não tem nada (Puebla). Peçamos a Santo Antônio que apresse este grande milagre que começa a se desenhar. Que assim seja!

domingo, 8 de agosto de 2010

PALAVRA DE DEUS

XIX Domingo Comum - C

1 - A Fé me dá segurança

A fé, dom do Espírito Santo, foi-nos dada já no dia de nosso Batismo. Em forma embrionária e mais consciente, no correr da vida. É desta fé, luz que ilumina nossa vida, que o Apóstolo São Paulo fala em sua Epístola aos Hebreus e da qual a Igreja tirou a 2ª Leitura desta missa.

Da Epístola começa assim: “A fé é um modo, de já possuir o que se espera ainda; é um meio de conhecer realidades que não se vêem” (Hb 11, 1)

Esta é, a definição correta sobre a fé, mas de difícil compreensão pois se trata de algo mui espiritual e não de uma coisa material. Por isso, tanta confusão, quando se trata de atribuir a uma pessoa um grau de fé, valioso dom de Deus.

A Bíblia exemplifica com um caso concreto o que é a fé em Deus, apresentando o caso de Abraão, que por isso mesmo, ficou sendo conhecido como nosso pai na fé.

Avançado em idade, possuidor de muitos bens e de família numerosa, Deus exige dele uma coisa, aparentemente impossível: “Sai da tua terra e vai para onde eu te mostrar...” (cfr Gên 11, 26ss). E ele acreditou naquela ordem de Deus e lá se foi para a terra que Deus iria mostrar, mas sem apo0ntar rumo ou direção! E porque assim obedeceu à ordem de Deus, conseguiu chegar, conduzido pelo Espírito Santo, à terra assinalada por Deus. Abraão comprovou sua fé, obedecendo a Deus, e acreditando em sua palavra. É isso que compreendemos por fé.

2 - Graus ou intensidade da fé.

Podemos distinguir uma pessoa de fé autêntica, de outra pessoa de fé ingênua, ou infantil. Uma pessoa de fé intensa leva muito a sério a Palavra de Deus. Uma pessoa de fé infantil ou ingênua, se satisfaz com sua devoção. É, talvez uma pessoa devota, fervorosa, dedicada à Igreja, etc. etc.

Porque sua fé não é tão fundamentada na Palavra de Deus, mais facilmente cai nas ciladas de nossos inimigos que com promessas de milagres, de curas, atraem à sua religião, ou seitas religiosas.

Isso, porém, não significa que essas pessoas sejam melhores ou piores do que as que bagagem para defender sua fé. Deus leva em conta, como já disse, tudo o que fazem de boa fé, em termos de boas obras de caridade, de amor fraterno, de atos de misericórdia... E tudo que signifique um bem para os irmãos...

Estas coisas fortalecem a fé simples e ingênua da grande maioria dos católicos. Porque mais importante é por em prática o que se crê, do que se vangloriar da pureza de sai fé, sem obras.

2 - Ilustrando melhor a fé

A conclusão a que queremos chegar é, em primeiro lugar, que de fato, a fé é  modo de possuir já agora, o que ainda está à espera. E em segundo lugar queremos lembra que a fé se mede pelo grau de convicção em realidades que não se vêem.
Um exemplo de mistério de fé é a: salvação! Nós já a possuímos pela fé, e, ao mesmo tempo, não a experimentamos ainda... Deus revelou que Jesus Cristo morreu na Cruz por nossa salvação, conforme afirma a Sagrada Escritura que é Palavra de Deus. Por coerência, tenho que crer na salvação, porque Deus não mente, Deus não se engana nem engana os outros. Deus é Verdade Pura!
O fundamento da certeza de nossa salvação, não se apóia em argumentos humanos, repito. A certeza nasce da Palavra de Deus que nos diz: JESUS, deu sua vida por nossa salvação, morrendo na Cruz, lavando com o seu Sangue os nossos pecados!